A guerra que ninguém viu
Em 1917, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. E declararam guerra a Deus.
Não foi uma guerra com tanques nas ruas. Foi uma guerra silenciosa, sistemática e brutal contra todos que acreditavam. Em apenas dez anos, cerca de 40.000 igrejas foram fechadas, destruídas ou transformadas em armazéns. Séculos de tradição espiritual quase desapareceram da noite para o dia.
Esta é a história que quase ninguém conta.
Por que o comunismo odiava tanto a religião?
Para Marx, a religião era “o ópio do povo”. Para Lenin e Stalin, era ainda pior: era uma concorrente.
O Estado soviético queria ser o único deus. Qualquer pessoa que colocasse Deus acima do Partido era inimiga.
Por isso, logo em 1918 começaram os confiscos. Igrejas perderam terras, sinos, cálices dourados – tudo sob o pretexto de “ajudar os famintos”. Na prática, era saque puro. Bispos que resistiam eram presos. Padres eram humilhados em praça pública.
O Grande Terror: o auge da crueldade (1937-1938)
Com Stalin, a perseguição virou genocida começou de verdade.
- Todos os dias eram executados dezenas de padres
- Mosteiros viraram prisões ou campos de trabalho
- Monges e freiras eram fuzilados ou enviados à Sibéria
- Em 1939, das 60.000 igrejas ortodoxas de antes da revolução, sobravam menos de 100 abertas
Os católicos da Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia sofreram igual. Até o culto a São Josafá Kuntsevych foi proibido.
“O sangue dos mártires é a semente da Igreja.” – Tertuliano (século II) – frase que nunca foi tão verdadeira como na URSS
Mas a fé não morreu
Apesar de tudo, os cristãos resistiram.
Pais batizavam filhos em casa à noite. Avós ensinavam orações sussurrando. Padres celebravam missas secretas em apartamentos. Ícones eram escondidos atrás de armários ou enterrados no quintal.
Quando a União Soviética caiu em 1991, as valas comuns foram abertas. E os ícones voltaram à luz. A fé que tentaram matar estava mais viva do que nunca.
Conheça: “5 argumentos para a existência de Deus”.
O que podemos aprender hoje
Esta história nos mostra duas coisas:
- Regimes totalitários sempre atacam a fé primeiro – porque ela dá às pessoas uma autoridade maior que o Estado
- Nenhuma ditadura consegue matar o que está no coração humano
Os sacerdotes, freiras, bispos e fiéis simples que morreram nos porões da Lubianka ou nos gelos da Sibéria não morreram em vão. Eles são prova de que Cristo vence sempre.
Que o testemunho deles nos fortaleça hoje, quando a intolerância volta a levantar a cabeça de formas novas.
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