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Filosofia

Pequeno guia politicamente incorreto de Michel Foucault

26 de janeiro de 2021
Pequeno guia politicamente incorreto de Michel Foucault
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Algumas frases e depoimentos a respeito de Michel Foucault, proferidas por especialistas em sua obra, que refletem o caráter do filósofo francês, queridinho da esquerda pós-moderna:

“Durante suas visitas aos Estados Unidos no final dos anos setenta, Foucault ficou fascinado pelo panorama homossexual de San Francisco com suas termas, bares gay, correntes, chicotes e rituais sadomasoquistas. O sadomasoquismo em especial representava o que Foucault chamou uma “experiência-limite”, uma situação-limite existencialista na qual as forças vitalistas do ego poderiam livrar-se da “falsificação do prazer através do sexo eminentemente genital”. Foucault veio a acreditar no que Artaud discutira nos anos quarenta, que “o corpo humano é uma bateria elétrica cujas descargas foram castradas e reprimidas” por tabus civilizados. Isso incluía o toma-lá-dá-cá da dor como um ritual sexual no qual, a experiência de extremo sofrimento nos indica as fronteiras do comportamento humano”. Sob o chicote ou as pulseiras de ferro o corpo inteiro se torna um campo energizado para um “jogo da verdade” nietzschiano. […] Ao constatar que havia contraído AIDS como consequência de sua busca de perversão sexual, Foucault também deduziu que essa era apenas outra experiência-limite: o sexo como uma forma de morte, assim como também o poder de conceder a morte a outro através do sexo. «Durante pelo menos dois anos após ter contraído AIDS (de 1982 a 1984), Michel Foucault continuou frequentando os vários locais de orgia gay, transmitindo intencionalmente a doença para seus parceiros anônimos. “Estamos inventando prazeres novos além do sexo”, falou Foucault a um entrevistador – nesse caso em particular, o sexo como assassinato” (Arthur Herman, A ideia de decadência na história ocidental. Record, 1999, p. 370-371).

“Michel Foucault se autoproclamou pedófilo” (Thomas E. Schmidt, La homosexualidad: compasión y claridad en el debate. Editorial Clie, 2008, p. 64).

“Foucault se opôs à criminalização do estupro” (Terry Eagleton, A ideologia da estética. Jorge Zahar editor, 1993, p.284).

“Foucault defendia a descriminalização de todo tipo de sexo, incluindo o incesto, a pedofilia e o estupro” (James Miller & Jim Miller, The Passion of Michel Foucault. Harvard University Press, 2000).

“Foucault via a experiência da AIDS como desdobramento da experiência orgiástica. Morrer de tanto prazer. […] O sexo como valor supremo da existência, cujo heroísmo pode ser mensurado pela busca do prazer ilimitado. O ilimitado é inatingível, conferindo valor ao signo que se arrisca nas escarpas da transgressão, buscando desfazer-se de seu ser letra, tornando-se corpo significante, corpo suporte, corpo em pedaços, à caça de sensações cada vez mais intensas, em busca do êxtase infinito, final, fatal” (André Queiroz & Nina Velasco e Cruz, Foucault hoje? – Rio de Janeiro: 7Letras, 2007, p. 182-183).

“Michel Foucault acreditava que era mais factível encontrar a emancipação moral e política apedrejando policiais, frequentando banhos gays de São Francisco ou os clubes sadomasoquistas de Paris, do que nos bancos escolares ou nas urnas eleitorais. E em sua paranoica denúncia dos estratagemas de que segundo ele se valia o poder para submeter a opinião pública aos seus ditames, negou até o final a realidade da AIDS, a doença que o matou, considerando-o como uma fraude a mais do establishment e dos seus agentes para aterrorizar os cidadãos, impondo-lhes a repressão sexual” (Mario Vargas Llosa, “Breve discurso sobre a cultura”. Revista Dicta&Contradicta, n. 6).

Foucault propunha a total renúncia às noções de razão e desrazão, de verdade e falsidade, e até mesmo do ser humano enquanto ser espiritual e mental” (Arthur Herman, A ideia de decadência na história ocidental.Record, 1999, p.364).

A transvaloração dos valores de Nietzsche se tornou para Foucault um programa infinito de “transgressão”, a declaração de uma guerra contra a sociedade por meio da celebração do crime e da perversão sexual” (Arthur Herman, A ideia de decadência na história ocidental. Record, 1999, p. 366-367).

Foucault dizia: “Não existe o corpo natural, inclusive seus atributos biológicos se criam através de discursos científicos e outros discursos sociais” (Mónica Cevedio, Arquitectura y género: espacio público-espacio privado. Icaria Editorial, 2003, p. 18).

Para Foucault, “o poder moderno a respeito da vida, o ‘bio-poder’, consiste da opressão de corpos individuais e do comando de populações, ambos se ligando em prol da normatização da reprodução». «A gestão da via se reveste de todo um aparato político. A defesa da vida enquanto tal, como fazem os movimentos contra o aborto, encobre outros desígnios; afinal o controle do corpo das mulheres e da procriação, que produzem a hierarquia e a assimetria política entre os sexos, técnica de controle das populações” (Cf. Alfredo Veiga Neto & Margareth Rago, Para uma vida não-fascista. Autêntica, 2013, p. 390; Michel Foucault, Microfísica do poder).

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