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Cultura

A sabedoria e o humor de Douglas Murray contra a loucura das massas

13 de janeiro de 2021
A sabedoria e o humor de Douglas Murray contra a loucura das massas
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Douglas Murray é um jornalista e comentarista político britânico, editor da revista The Spectator, autor de diversos livros – alguns serão citados logo a seguir – e figura constante em programas jornalísticos do Reino Unido. Muitos o consideram um sucessor do jovem Christopher Hitchens, pela oratória rápida e hábil, erudição e filiação ao que pode ser chamado de “neoconservadorismo”. Murray também é ateu mas nunca se vinculou a qualquer tipo de militância ateísta, pelo contrário, lamenta o fato de muitas igrejas recentemente terem abandonado a prática legítima de seus credos.

Conheci e mencionei Murray em textos pelos idos de 2013, quando provavelmente mais ninguém o conhecia – embora ainda seja bastante desconhecido no Brasil, a carreira de Murray decolou nos anos recentes. Devo ter sido senão o primeiro, um dos primeiros a falar do comentarista em português brasileiro. O que me chamou a atenção à época foi, justamente, a citada habilidade oratória citada, vi todos os vídeos disponíveis de Murray no Youtube e observei a verve britânica do autor desmantelando esquerdistas, politicamente corretos e até islamistas radicais. Quem souber inglês e tiver o interesse desperto, é diversão e aprendizado garantidos.

Dos livros de Murray, li Neoconservatism: why we need it e The Strange Death of Europe, atualmente o autor se encontra em tours de lançamento de um terceiro livro, The Madness of The Crowds. No primeiro, faz um apanhado histórico geral e uma defesa de um conceito que, como tantos outros, virou xingamento no Brasil: neoconservador. Assunto que certamente aparecerá em textos futuros. O segundo é mais polêmico e trata de alguns tabus: imigração, imigração em massa e crise de refugiados. Murray viajou por toda a Europa, conversou com habitantes locais, refugiados, foi a lugares de desembarque e chegou à conclusão politicamente incorreta e inevitável dos fatos que apreendeu: se a política e arma da imigração em massa não for contida, a Europa morrerá. Não posso evitar de mencionar, reforçando as razões de Murray, a fala do presidente da Turquia Erdogan, ameaçando a Europa com um fluxo de três milhões de refugiados caso o continente critique suas ações recentes na Síria. Evidência mais cristalina impossível.

No último, não menos polêmico que o segundo, Murray parte pra cima da política identitária da esquerda, a principal força “intelectual” progressista do momento. Na obra, Murray expõe com toda sua maestria como a questão das políticas identitárias são bem menos identitárias que políticas; enfatiza, em tom irônico, como negros conservadores como Kanye West ou Candance Owens literalmente tiveram seu estatuto de negros removido pelas militâncias de esquerda, o mesmo valendo para conservadores homossexuais ou pertencentes a qualquer outra minoria que sirva de vassalo para a agenda ideológica “progressista”. Todos os livros de Murray foram elogiados pelo filósofo conterrâneo Roger Scruton.

Torçamos para que o Brasil um dia possa deixar de ser importador apenas dos detritos intelectuais europeus e americanos e possamos discutir intensamente as obras de Murray e tantos outros negligenciados da vida intelectual brasileira.

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